domingo, 21 de fevereiro de 2010

PMDB abre ‘diálogo’ com outros partidos para aliança nas eleições

Presidente estadual Waldyr Pugliesi já agendou encontro com presidentes e lideranças de vários partidos – PMDB tem candidato próprio e quer cabeça de capa
O PMDB do Paraná vai abrir, a partir da próxima semana, o diálogo com lideranças e presidentes de outros partidos políticos para iniciar as tratativas de alianças na disputa ao Governo do Estado nas eleições de 3 de outubro. O presidente da Executiva Estadual, deputado Waldyr Pugliesi, já agendou uma série de reuniões neste sentido. “Nós temos uma proposta. Estamos conversando com todo mundo”, informou.
Pugliesi coordenou, na sexta-feira passada em Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Paraná, a segunda da série de 10 encontros regionais que o PMDB fará em todas as regiões do Estado. “Na semana que vem tenho encontros com o pessoal do PDT, do PRP, do PR, do PT e do PSDB...”, adiantou Pugliesi.
Na lista de prováveis aliados figuram ainda PSC, PCdoB, PV, PP e o PTB.
“Estamos conversando com todo mundo, como eles também estão. Agora, nós temos candidato, temos proposta e a proposta é boa”, completou. Participaram do encontro mais de 800 prefeitos e vice-prefeitos, deputados estadual e federal, vereadores e suplentes, ex-prefeitos, ex-vereadores, presidentes e representantes de 49 diretórios municipais do PMDB da microrregião de Jacarezinho.
Pugliesi afirmou que não vê impedimento nenhum em uma coligação PMDB, PT e PDT, todos partidos da base do presidente Lula, tendo como cabeça de chapa um candidato peemedebista. “Seria o lógico. Quantas vezes nós batalhamos em favor do presidente Lula. Nós somos parceiros de caminhadas políticas junto do PT. Do PDT, eu era amigo do Brizola. Claro que o PDT, o Brizola foi um grande líder produzido pelo povo brasileiro”.
ASSEMELHADOS – “Não acho nenhuma dificuldade em termos PDT, PT e PMDB juntos, porque somos assemelhados. Se você pegar o programa verdadeiro do PT, a ideologia do PDT e aquilo que somos nós verdadeiros peemedebistas não temos muita diferença não. Somos parecidos, assemelhados”, destacou. O presidente do PMDB considera como único obstáculo as articulações do PT, que tenta se aproximar da candidatura do PDT, do senador Osmar Dias, que poderá ser o candidato de Lula no Paraná.
“O PSDB está se engalfinhando dentro de casa – o candidato é o (Beto) Richa ou o Alvaro (Dias)? Então, sei lá, podemos receber sim apoios de quem quer a continuidade das políticas que implantamos aqui no Paraná”, afirmou.
Pugliesi preferiu não se manifestar sobre a preferência do PMDB (entre Alvaro e Beto), numa possível coligação com o PSDB. “Pela minha caminhada política, histórica e maneira de agir politicamente, o nome nada significa. Você tem que ter uma proposta”.
REAÇÃO – O presidente do PMDB lembrou que foi o primeiro líder seccional do partido a se insurgir contra a cúpula nacional, que tenta antecipar uma aliança indicando o vice da candidatura do PT nas eleições de outubro. “Me coloquei contra aqueles acertos intramuros, a gente poderia dizer, da cúpula partidária nacional com o pessoal que está governando, o Lula esta coisa toda”.
“Nós vamos ser vice da Dilma Rousseff com o (Henrique) Meireles mantendo os juros lá na estratosfera? Então, o nome não significa muita coisa, significa é a proposta. Quero dizer com isto que o Exército está acima do soldado, à igreja acima do padre, a imprensa acima do jornalista. A proposta acima de qualquer nome. O que vale é o programa, é a proposta”, completou o deputado.
EXPECTATIVA – Em relação à pré-candidatura e a série de encontros do PMDB, Pugliesi disse que a expectativa é reunir o maior número possível de peemedebistas. “O pessoal está interessado na proposta que estamos terminando para apresentar ao povo do Paraná. O partido tomou a decisão de candidatura própria. Estamos correndo o Paraná e cada um tem que cumprir sua obrigação”.
“O partido ganha a eleição quando tem uma proposta boa, tem um candidato bom e a lealdade e o companheirismo presentes”, concluiu. Pugliesi lembrou que o PMDB é o maior partido do Paraná com 136 prefeitos, 120 vice-prefeitos, 752 vereadores, 16 deputados estaduais e sete federais, além do governador e do vice-governador.
“Temos uma grande organização partidária e temos uma história que ninguém tem – combate à ditadura, sempre defendemos a liberdade de imprensa e quem milita na área sabe que sem liberdade de imprensa não tem regime democrático, esta coisa toda. Temos um candidato que conhece o Paraná. Nós precisamos avançar, temos políticas públicas que se forem abandonadas causarão grandes malefícios ao povo do Paraná”, encerrou.
http://www.pmdbpr.org.br/
Assessoria de Imprensa

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